sábado, 4 de junho de 2016

Meus amigos escritores

Estava de boa no Nyah! que, confesso pra vocês, é um site que amo porque estou rodeada de histórias, futuros livros e escritores maravilhosos. É onde me sinto bem. Num desses meus passeios pelas histórias originais encontrei essa aqui, me apaixonei por ela. Escrita por

Manoela Santello Machado Santos com o título "Indiferença":
Eu me sentia uma bomba.
Uma bomba de sentimentos tristes prestes a explodir.
Uma bomba que ninguém quer que exploda. Porque incomoda.
Incomoda ver a dor dos outros.
A tristeza.
A perda.
Incomoda porque eles não amam o suficiente para consolar.
Então apenas incomoda.
Acho que é difícil para eles verem que é pior para mim do que para eles. Que além de toda dor que sinto, ainda tenho que me segurar e ignorar os olhares.
Olhares de repreensão.
De acusação.
Olhares sobre a bomba explodindo.
Tic tac tic tac tic tac tic tac....
Bum!
Tudo estava errado.
Eu havia me perdido.
Me perdido de mim mesma.
Já não sabia quem era, o que queria, o que amava.
Eu tentei. Juro que tentei.
Eu amei o mundo. Amei cada ser. Cada respiração.
Amei os bons.
Amei os ruins.
Amei você.
E amei à mim.
Mas isso foi se esgotando, não foi?
Cada amor vinha com um preço injusto.
A cada morte, eu morria. Cada dor, eu sentia.
Eu estava lá, quando todos precisaram. 
Ninguém estava lá quando precisei.
Mas não se engane, não foi culpa deles. Eles não sabiam, porque eu não sabia. E quando soube, não deixei ninguém saber.
Quando soube que o preço era muito alto, e que eu não conseguiria, EU não deixei eles saberem.
Eles estragariam tudo.
Tentariam me ajudar, mas não ia dar certo porque já estava feito e isso tornaria tudo ainda mais doloroso.
Não queria que sentissem pena.
Queria que me amassem, assim como eu os amei.
Queria que mostrassem que valia à pena ama-los. Estava implorando para que me mostrassem que valia à pena me amar.
Mas eles não entendiam.
E então eu pensei: "Talvez realmente não valha à pena me amar"
Eu acreditei nisso.
Mas não podia fazer nada à respeito.
Porque eu via que o mundo não tinha mais amor o suficiente para dar. E eu sabia melhor do ninguém que o amor define sua vida e sua morte.
Então tomei minha decisão.
Não importava que o preço fosse muito alto.
Não importava que talvez eu não conseguisse sozinha.
Não importava que a cada morte eu morresse. Que eu sentisse tudo. Toda a alegria e toda a tristeza.
Não importava, porque eu já não vivia mais para mim.
Não
Eu vivia por aqueles que não tinham o que eu também não tinha.
Eu vivia pelos outros. Para ama-los. Para fazer valer à pena. Para que eles pudessem receber algo que eu não recebi, mas que veio até mim para nunca ficar.
Eu os amei.
Cada ser.
Cada árvore.
Cada bebê.
Cada vilão.
Cada herói.
Cada formiga.
Eu sentia o mundo, e de repente EU era o mundo.
E eu percebi.
Toda nossa vida nos levava à um só caminho.
Eu os amei para servir como ponte. Como segunda chance. Como um atalho. Como esperança.
Eles eram eu e eu era eles.
Eu não era Deus.
Não.
Eu apenas fiz o que Ele me ensinou a fazer.
Ame o próximo como a si mesmo.
Ou, em minha versão:
Ame o próximo como você gostaria de ser amado.
Talvez você não encontre sentido nesse texto.
Talvez você leia isto e pense: "Nunca em toda a minha vida eu li tanta baboseira"
Talvez você tenha vindo atrás de uma história diferente e eu tenha te decepcionado.
Talvez você se sinta tocado. Talvez chore.
Talvez você mude toda a sua vida por causa desse texto.
Mas o meu amor não é um talvez.
É verdadeiro.
É um sim em meio aos nãos.
É um abraço, é esperança. É vida.
Porque Ele me amou e eu amei vocês.
E lembrasse sempre:
O oposto do amor não é o ódio.
É a indiferença.

Achei linda a mensagem. Foi um capítulo único, que pena... Mas vale a pena ler.
Link da história no site:https://fanfiction.com.br/historia/694902/Indiferenca/
Até, pessoal!

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